Lembranças e Reencontros

No fundo, fundinho, no fim do pacote, as pessoas sempre deixam uma raspinha delas dentro de nós. Nem que seja uma música que ela gostava e te apresentou, ou uma palavra que ela falava o tempo todo, o jeito dela de abraçar, alguma coisa sempre nos resta, fixa-se em nós. Cada pessoa é um labirinto, alguns simples e nada complexos, outros longos e complicados, precisam de cautela. E tem aqueles que você acha que nunca vai conseguir entrar, mas entra e penetra na vida de alguém que você via pela rua ou que você sabe que existe há muito tempo, mas não conhece. Eu não acho que a primeira impressão é a última que fica, nada disso. Eu acho que nós podemos reconhecer pessoas o tempo inteiro, elas podem se reciclar. Daqui há anos, você pode reencontrar uma pessoa que há 10 anos atrás você achava que nunca teria uma relação boa, mas tem. Porque a vida é assim, é inconstante. Lembra daquela frase de vovó,”O Mundo dá voltas”? E dá mesmo. Gira, gira igual roda gigante, e nos arrasta com ele.